O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), não acha uma boa alternativa a sugestão de convocar um plebiscito para que a população decida se quer uma Assembleia Nacional Constituinte que faça a reforma política. Ele discursou no plenário do Senado, na última terça-feira (25), logo após o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), defender a proposta da presidência da república, e considerá-la constitucional.
Aécio também apresentou uma agenda com propostas para
atender às reivindicações das manifestações dos últimos dias em todo o país.
Dividida em três eixos, traz sugestões para aumentar a transparência e combater
a corrupção, fazer um novo pacto federativo para melhorar a situação dos
estados e municípios e, implementar medidas para melhorar a ética e
a democracia no Brasil.
Entre as propostas para aumentar a transparência, o tucano pede
a divulgação dos gastos presidenciais com as viagens internacionais e dos
cartões corporativos da mesma, resguardando os últimos 12 meses.
Ele também sugere uma auditoria nas obras da Copa do Mundo e a
informação dos critérios, valores e custos dos financiamentos concedidos pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [BNDES] - que foi o
principal financiador das obras dos estádios - em especial os
empréstimos a empresas brasileiras para investimentos no exterior, nos
últimos dez anos.
Para melhorar a gestão pública e promover o que
chamou de “Federação solidária”, o senador propõe a redução pela metade
do número de ministérios e a diminuição dos mais de 22 mil cargos comissionados
no serviço público. Além disso, ele sugere a revisão da dívida dos
estados e a mudança do fator de correção dessa dívida para que os recursos
pagos em juros possam ser investidos em benefícios para a população.
O senador defendeu ainda outros a destinação de 10% do Produto
Interno Bruto (PIB) para a saúde e mais 10% para a educação.
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