Um dia após o anuncio de que a inflação deste ano ficaria dentro da meta oficial de 4,5%, o Banco Central divulgou ata do Comitê de Política Monetária (Copom) mantendo o índice de 5,81% para 2013.
“Em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos 12 meses persistam no horizonte”, informa a ata do Copom.
Para o deputado federal Valdivino de Oliveira (PSDB-GO), integrante da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, os números apresentados pelo Banco Central contrariam as perspectivas excessivamente otimistas. O tucano avalia que a atual crise econômica é um problema de difícil solução, já que não são adotadas políticas econômicas que reduzam o impacto da desvalorização do Real.
“O câmbio depreciou o Real em quase 15% nos últimos dois meses, o que se traduz em inflação, principalmente em produtos importados. Isso vai gerando uma pressão inflacionária e o governo não tem adotado nenhuma política para conter. E, à medida que isso vai ficando mais visível, a gestão vai tendo que recorrer a recursos como a indexação de rendimentos da economia e o corte de salários”, alertou Valdivino de Oliveira, completando: “A inflação está fora da meta e corre o risco de subir ainda mais. O governo tem que ter juízo e adotar políticas para reverter essa situação, antes que isso coloque em cheque nossa estabilidade econômica e o próprio Plano Real”.
Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a afirmar e concluiu: "O Brasil não precisa de ufanismo nem de avaliações distantes da realidade neste momento ruim da economia. Até porque essa postura compromete o diagnóstico dos problemas que o país precisa enfrentar".
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