terça-feira, 30 de julho de 2013

AÉCIO NEVES BIOGRAFIA: Exposição permanente no Palácio da Liberdade


O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), inaugurou ontem a exposição permanente, sobre 16 de seus antecessores já falecidos, que ficará aberta ao público a partir deste domingo, no Palácio Liberdade.  

Em cerimônia que contou com familiares de alguns dos ex-governadores, além de autoridades políticas, Anastasia fez questão de dizer que o palácio continua sendo a sede oficial do governo, mas comemorou a abertura das portas para a população conhecer parte da história dos que construíram Minas Gerais. O governador abriu a exposição ao lado de Francelino Pereira, que disse sempre ter sido um entusiasta do circuito cultural da Praça da Liberdade, e lembrou aos presentes que o projeto de transformar o local em museu foi iniciado com o senador Aécio Neves (PSDB). 

"O Palácio da Liberdade torna-se um espaço de aprendizado político-cultural, que nos traz o privilégio de olhar para o passado e entender, com os recursos da modernidade e um trabalho precioso de curadoria, a relevância de grandes personalidades e de momentos históricos que transformaram Minas no que somos hoje”, afirmou Anastasia. Segundo ele, já passou pelos antigos prédios em que funcionavam secretarias cerca de um milhão de pessoas. O palácio é “a cereja do bolo”.

O museu funciona de forma interativa, mostrando, em cada um dos 30 cômodos em que se entra, gravações de discursos e conversas dos ex-governadores falecidos feitas por atores. As imagens e sons estão em telefone, porta-retratos, espelhos e até um piano. Nos objetos, é possível descobrir um pouco da história de cada governador.

No salão vermelho é possível ver, em um quadro, a comoção popular na hora do anúncio da morte de Tancredo Neves, avô de Aécio Neves, que acabava de ser eleito presidente. Também no vídeo, a escolha dele para governar Minas nas primeiras eleições diretas em mais de 15 anos e outros fatos de sua carreira política são mostrados. Já o presidente Bossa Nova, Juscelino Kubitschek, está na sala de audiências, onde um telefone recria para o visitante uma conversa com o arquiteto Oscar Niemeyer, que atendia a ligação do Rio de Janeiro. O assunto é a construção do Palácio das Mangabeiras, para a qual JK pedia pressa, pois já não cabia mais morar com a família no Palácio da Liberdade, onde recebia políticos com as filhas brincando de se esconder atrás das cortinas.

A transferência da capital mineira de Ouro Preto para Belo Horizonte, em 1987, durante o governo Afonso Pena, é outro momento histórico lembrado na exposição. O burburinho de uma reunião do ex-governador Arthur Bernardes, em que discute decisões de sua administração entre 1918 e 1922, é outro “segredo” revelado pelo Palácio.

Para Anastasia, os mineiros vão ter a oportunidade de conhecer a história daqueles que tiveram papéis importantes não só no estado, mas na política nacional. As visitas serão gratuitas nos finais de semana e feriados.

Sobre o Palácio Liberdade

A inauguração do Palácio da Liberdade por Bias Fortes, em 1897, e o protagonismo do então governador de Minas Gerais, Tancredo Neves, avô do senador Aécio Neves, na campanha das Diretas Já, com sua escolha pelo colégio eleitoral e morte antes da posse, em 1985, são alguns dos momentos políticos do estado que serão revividos por quem visitar a sede oficial do governo a partir de domingo.

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